sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Não espere por gentilezas, abraços e declamações públicas de afeto. Não espere que eu te diga palavras bonitas, que de beije de cinco em cinco minutos, ou que pegue no seu pé por ciúmes. Não me venha pedir conselhos, desabafar ou dizer que estava com saudades. Não me peça para te apresentar para minha mãe e não me apresente para sua. Não ache que iremos sair de mãos dadas, ou que vou aceitar seu convite para o cinema. Não ache que eu perderei meus sábados noturnos para ficar na sua compania vendo filmes e comendo pipoca. Não me chame para tomar sorvete no meio tarde, ou me ligue só para ouvir minha voz. Não fale que está apaixonado, muito menos que eu sou a mulher da sua vida. Não espere que eu me importe com seu estado de espírito ou que eu vá, algum dia, perguntar se está tudo bem. Não queira que eu mude minha roupa, ou maneire na maquiagem. Jamais me diga estou errada, ou que não posso fazer o que eu quero do jeito que mais me convir. Não me peça para mudar de amigos ou para não usar esmalte vermelho. Não queira que eu me mude o meu relacionamento do orkut ou que ponha fotos apelativas em um álbum com seu nome. Não me peça para usar um anel na mão direita nem para colocar uma foto sua no meu mural. Não me venha com flores nem ursos de pelúcia. Não me chame para viajar com seus pais, nem queira que eu seja amiga da sua irmã. Não me ligue de madrugada bêbado dizendo que me ama, nem mande algum amigo seu dizer isso por você. Não espere pela possibilidade de um dia eu me apaixonar, porque isso nunca acontecerá. Se quer realmente se envolver comigo, eu prometo que será divertido, fora do comum, mas eu não posso, jamais, te prometer, fidelidade, lealdade ou até mesmo igualdade. Nós não somos iguais, pois os iguais se completam e ninguém jamais irá completar a parte que falta em mim, simplesmente por eu ter nascido completa.

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